Há 41 anos, o dia 04 de Junho foi declarado em sessão especial pela Organização das Nações Unidas (ONU) como dia Internacional das crianças vítimas de agressão.
A data tem a intenção de alertar o mundo para a dor sofrida pelas crianças vítimas de abusos físicos, mentais e emocionais.
Essa data mostra a urgência de maior atenção, proteção e empenhos internacionais coordenados para abordar as vulnerabilidades e violações encaradas por crianças em casos de conflitos.
De 2005 a 2020:
Pelo menos 104.100 pessoas foram mortas ou mutiladas
A maioria destes casos (mais de dois terços) ocorreu nos últimos 6 anos do período abrangido pelo relatório (2014 a 2020), com uma média anual de 10.500.
Pelo menos 93.000 foram recrutadas pelas forças armadas
A ONU verificou que, entre 2016 e 2020, foram recrutadas e utilizadas 8 756 crianças por ano. O último número para 2020 foi de 8.521.
Mais de 25.700 crianças foram raptadas
A maioria dos casos ocorreu entre 2014 e 2020, com uma média anual de 2.414. Cerca de 75% dos casos são de meninos, mas existe um risco elevado de meninas serem raptadas, incluindo para fins de violência e exploração sexual.
14.200 foram vítimas de violência sexual
Em média, 890 crianças foram vítimas de violação e de outras formas de violência sexual por ano. Contudo os casos de violência sexual, incluindo a violência sexual contra meninos, são particularmente subnotificados. Nos últimos 5 anos, 97% das vítimas eram meninas.
Foi comprovadamente negado o acesso à ajuda humanitária a mais de 14.900 pessoas
Cerca de quatro quintos destes incidentes ocorreram nos últimos 5 anos do período abrangido pelo relatório. De acordo com a ONU, este fato revela "esforços acrescidos para documentar e verificar estes incidentes".
Foram verificados mais de 13.900 ataques a escolas e hospitais
Cerca de 75% destes incidentes afetaram instalações, trabalhadores e alunos do setor da educação. Média anual de 873 ataques, tendo aumentado para 1.032 entre 2016 e 2020.
Fonte: Brochura informativa da UNICEF "Progressos e desafios para as crianças que vivem em conflitos armados" publicada em 2022
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